Moacir Barbosa Nascimento, um brasileiro eternizado como Barbosa,considerado pé-frio, aquele que não dá sorte,incompetente,vítima de uma série de preconceitos disfarçados na mágoa do humano torcedor.Morreu pobre em tudo inclusive de compaixão.
No dia 7 de Abril de 2000, Barbosa foi embora sem ser perdoado pela perda de uma Copa que estava predestinada ao país-sede, o Brasil.Vestiu as camisas do Vasco e da Seleção,sua discórdia na carreira.Na época da Copa de 50 era considerado um dos melhores e por isso foi convocado para um Mundial com cara de festa,no emblemático Maracanã,onde ecoam vozes apaixoanadas e que residem todos os deuses do futebol, havia sido construído para uma conquista e não para uma decepção.Foi no dia 16 de Julho, o dia "D" de derrota contra o Uruguai de Gighia o início da sua partida do mundo.A partir desta data começou a ser ignorado, esquecido, ou seja, morrendo aos poucos.Afinal foi condenado a uma intolerância inexplicável e infantil.
Como não emocionar-se com a história da vida deste homem que não teve direito a defesa , era como se aquela bola uruguaia fosse chutada até seu último suspiro .As lembranças e as acusações foram uma espécie de Eutanásia existencial que envenenavam seu cotidiano com um sentimento de culpa forjado.
Muitos especialistas dizem que Barbosa foi vítima de racismo, por ser negro ele carregou uma carga que não pertencia somente a ele , uma desconfiança sem fim que até hoje, mesmo após sua partida resiste martelando o museu da memória do nosso futebol, pensou em Batbosa, lembrou do Maracanaço, termo utilizado para relembrar o feito da Seleção Uruguaia: vencer o Brasil em pleno Maracanã.
Veja o cartaz da Copa de 50 disputada no Brasil.
No alto do Post, os créditos da foto de Barbosa são para o NetVasco.
"Certamente , a criatura mais injustiçada na história do futebol brasileiro , era um goleiro magistral .Fazia milagres , desviando de mão trocada bolas envenenadas. O gol de Gighia, no final da copa de 50 ,caiu-lhe como uma maldição.E quanto mais vejo o lance , mais o absolvo,aquele jogo, o Brasil perdeu na véspera".
(ARMANDO NOGUEIRA)
Quer saber mais sobre este capítulo da carreira que virou novela da vida real de Barbosa? Acesse http://www.portacurtas.com.br/ e assista ao curta "Barbosa" com Antônio Fagundes , que volta no tempo para tentar evitar o segundo gol do Uruguai na Copa de 1950,um roteiro que todos nós brasileiros gostaríamos que fosse reescrito com o tão sonhado final esperado, mas infelizmente é ficção, pois a realidade para ele foi bem dura e indigesta, já para o Brasil o futuro reservava o status de país "PENTACAMPEÃO" .
"BOLA FORA"
RACISMO, uma palavra que não atrai e trai quem a demonstra em atitudes e palavras. o exemplo a não ser seguido é o zagueiro palmeirense Danilo, que cuspiu no rosto de seu companheiro de profissão , o também zagueiro Manoel do Atlético/PR durante jogo da Copa do Brasil. Este blog repudia a atitude e a palavra "macaco" dita em tom de menosprezo.Afinal a cor da pele é uma questão de melanina e não de cárater, cientistas afirmam que todos viemos deles dos "macacos", evoluímos(alguns nem tanto)e hoje somos uma só raça: a humana.
Não existe superioridade, e o futebol obriga brancos a torcerem por negros e vice-versa, o paradigma do esporte que ensina até quem recusa-se a aprender.
Danilo marcou um gol contra a boa educação e não foi o primeiro e nem será o último, mas é preciso estarmos atentos para que o preconceito não devore e comprometa a miscigenação pacífica que resume o futebol.
Adriana Santos blognoticiascomentadas@hotmail.com


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